O professor e coordenador de Artes Visuais na Universidade Estadual de Maringá (UEM), João Paulo Baliscei, realizará a exposição artística intitulada “A/cor/do que brilha”. Ela é produzida com verba de incentivo à cultura (Lei Municipal de Maringá n°11200/2020/Prêmio Aniceto Matti), e reúne mais de 40 obras artísticas.
A mostra reúne um acervo elaborado em um intervalo de 10 anos da vida do artista maringaense. “A/cor/do que brilha” é a sua 2ª exposição individual, a 1ª foi apresentada em Belém (PA), na Galeria Benedito Nunes, no ano passado.
A figura musculosa coberta de pedrarias brilhantes, que está em destaque no pôster acima e na capa do catálogo da exposição, anuncia alguns dos temas abordados na sua exposição. Sob essa configuração criada pelo artista, a silhueta rosa, que remete às formas e aos volumes dos bonecos de ação, convida o público à reflexão sobre os modos, como os sujeitos adultos se relacionam com os brinquedos, enquanto artefatos culturais capazes de ensinar a naturalizar práticas.
A obra intitulada “PinKen” (2022), assim como outras que integram a exposição, denuncia as possibilidades de usar a arte, o humor e a criatividade para desobedecer e pôr em xeque os significados que, desde a cultura visual contemporânea, restringem as exigências de quem se apresenta, ou se sente diferente do que é legitimado como normal. Além do tridimensional, as obras da exposição recorrem ao bordado, à vídeo-arte, à iluminação e à fotografia, para proporcionar ao público oportunidades de interação.
O texto curatorial da exposição é assinado pela professora Luciana Borre, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Borre relatou: “quando conheci as poéticas da exposição “A/cor/do que brilha”, de João Paulo Baliscei, logo me senti convidada para um evento festivo. Uma celebração que levei à cabeceira da minha cama com ambição de resgatar sonhos porpurinados. Percebi que o potencial das narrativas em si está no fato de sempre transbordarem para além de nós mesmos”.
O responsável pela coordenação educativa da exposição é o professor Maddox Cléber, da Universidade Estadual de Maringá (UEM), que comentou a proposta de Baliscei: “a mostra não só nos leva a nossa infância, tocando em nossas memórias, como também ativa um novo sabor pela vida e pela educação, demostrando que, por meio da arte, é possível transformar e reconfigurar esses tempos apagados, opacos e nebulosos que estamos vivendo”.
Integram a equipe organizadora da mostra, o professor de Artes Visuais da UEM, Vinícius Stein, que coordena produção, expografia, montagem e iluminação, os coordenadores da monitoria Andrey Gabriel de Silva Cruz e Regina Ridão Ribeiro de Paula, mestrandos no Programa de Pós-Graduação em Educação, além dos monitores, acadêmicos e egressos dos cursos de Artes Visuais, Pedagogia e História: Daniel Macedo Lanes, Emanuelle Dallécio da Silva, João Pedro Zanin Ferreira da Silva, Julia Tieme Kurihara, Maria Fernanda Serrilho de Abreu Paulino e Pedro Decleva. Vale ressaltar, ainda, que a exposição conta com o Grupo de Pesquisa em Arte, Educação e Imagens (ARTEI).
Serviço: A abertura da exposição “A/cor/do que Brilha” será realizada, no dia 20 deste mês, às 20 horas, na sala Lukas, no Centro de Ação Cultural Márcia Costa (CAC). A entrada é gratuita. O artista João Paulo Baliscei estará presente junto com os demais envolvidos. A exposição permanecerá até o dia 18 de agosto, de segunda à sexta-feira, das 8 até às 12 horas, e das 14 às 18 horas.