O reitor da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Júlio César Damasceno, participou do lançamento do Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (NAPI), de Emergência Climática, organizado pela Fundação Araucária (FA) e pela Superintendência Geral da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti).
A cerimônia on-line contou com a presença de aproximadamente 100 pessoas, nesta segunda-feira (6). Entre elas estavam representantes da UEM: a pró-reitora de Extensão e Cultura da UEM, Débora de Mello Sant’ Ana; o diretor do Centro de Ciências Biológicas, Luiz Carlos Gomes; e os professores do Programa de Pós-Graduação em Ecologia de Ambientes Aquáticos Continentais (PEA), Dayane Bailly e Roger Mormul.
A iniciativa tem como propósito avaliar como as mudanças climáticas afetam as populações humanas do Paraná, por meio de uma investigação abrangente sobre componentes ambientais, econômicos e sociais. A ideia é fornecer informações científicas que subsidiem a tomada de decisão racional para o enfrentamento da crise climática no Estado.
“O NAPI Emergência Climática surgiu de uma solicitação da própria comunidade científica, que é extremamente importante para nos direcionar sobre as principais necessidades e onde aplicar de forma adequada e efetiva os recursos públicos”, informou o presidente da Fundação Araucária, Ramiro Wahrhaftig.
Panorama científico – Os estudos e projetos terão como escopo principal a quantificação dos impactos e a redução dos riscos às bases ecológicas da vida. Também serão foco de investigações as atividades econômicas e sociais em face da diferenciada vulnerabilidade socioambiental e da necessária prevenção dos impactos das mudanças climáticas globais.
O trabalho vai apontar medidas de mitigação e adaptação às mudanças climáticas com base em Soluções Baseadas na Natureza (SbN), propostas por uma importante rede do Sistema de Ciência, Tecnologia e Inovação do Paraná.
“As nossas universidades já desenvolvem um amplo trabalho envolvendo emergências climáticas e esse NAPI vem coroar todo esse estudo”, destacou o coordenador de Ciência e Tecnologia da Seti, Marcos Aurélio Pelegrina.
Segundo o reitor Júlio Damasceno, para resolver problemas complexos é preciso criatividade e investimento na integração de saberes. “Essa proposta de arranjos temáticos é inovadora e um diferencial do Paraná. Nos permite integrar pesquisas, infraestrutura e fazer com que haja impacto no dia a dia da sociedade. No caso deste NAPI, será possível apontar orientações de diferentes áreas, de forma integrada para mitigação dos problemas ligados às mudanças climáticas”, disse o reitor da UEM.
“O arranjo vai sintetizar o conhecimento disponível acerca da influência das mudanças climáticas sobre a biodiversidade paranaense, bem como avaliar o efeito sobre as condições dos organismos e ecossistemas do Estado, promovendo o avanço de tecnologias e aplicações computacionais para o estudo dos impactos dessas mudanças”, comentou o professor do PEA/UEM, Roger Mormul.
A participação do PEA vai começar com a produção de aplicações computacionais voltadas para a análise de dados ambientais. “Além disso, o PEA, junto com o Nupélia [Núcleo de Pesquisas em Limnologia, Ictiologia e Aquicultura], vão desenvolver uma área experimental que pode simular cenários de mudanças climáticas em ambientes aquáticos”, anunciou a professora Dayani. Ela participa do NAPI ao lado do professor Sidinei Magela Thomaz e de Roger Mormul.
O evento contou ainda com a fala do Professor e Pesquisador no INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - Carlos Nobre, a respeito das “Mudanças climáticas: Desafios globais e ao Brasil".
Para ter acesso à gravação do evento, basta acessar o canal da Fundação Araucária no YouTube.
Texto produzido com informações da assessoria de comunicação da Fundação Araucária.