Está no ar a primeira temporada de videocast do C². A Série “PBF Responde” é uma produção do Programa de Pós-graduação em Biociências e Fisiopatologia (PBF), da Universidade Estadual de Maringá (UEM). O PBF fechou parceria com o C², que é coordenado pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (PEC/UEM).
O “PBF Responde” tem como objetivo divulgar conteúdo cientifico em saúde, visando à inclusão social da população. O produto é fruto do pós-doutorado da odontóloga Shelyn Akari Yamakami, pelo PBF. Em meio à pandemia da Covid-19, Shelyn já havia trabalhado o tema “educação em saúde”, durante o doutorado sanduiche, na Universidade de Harvard (HSDM). Foi naquele espaço que viu “a necessidade de incentivar a população na assimilação e entendimento do conteúdo científico em saúde para combater a desinformação e a disseminação de notícias falsas, além de estimular o engajamento social e conscientizar a população a adotar boas práticas em saúde”, explica a pós-doutoranda.
De acordo com Yamakami, as tecnologias de informação e comunicação já vêm sendo utilizadas há algum tempo no campo da saúde para transmitir conhecimento e estimular processos didáticos mais eficientes e permanentes. A prevenção é sempre a melhor estratégia pública para o controle e diminuição da incidência de doenças. Em outras palavras, a utilização de recursos midiáticos torna-se imprescindível para a disseminação de informações e promoção de ações preventivas em saúde.
Apesar do gradual avanço em direção à acessibilidade comunicacional, no Brasil, ainda existem muitas barreiras para que a divulgação do conhecimento científico seja considerada uma realidade no país, argumenta Shelyn. “A ciência, em toda a sua dimensão, ainda é pouco compreendida pela grande maioria da população. Isto significa que a maior parte dos brasileiros se encontra excluída socialmente do universo científico e, desta maneira, conteúdos de relevância acabam não chegando à vida destas pessoas”, destaca a odontóloga (foto acima).
A supervisora da pós-doutoranda, Débora Sant’ Ana, diz que publicação e propagação científica pode e deve ser usada como ferramenta de democratização do conhecimento. “Ela é uma excelente estratégia para incentivar e despertar o brasileiro para o universo da ciência, inserindo-o no mundo acadêmico e capacitando crianças, jovens e adultos a se tornarem promotores do conhecimento científico. Contribuir com esse engajamento da população é dar a chance de ela exercer de forma plena a cidadania”, defende a professora.
Audiovisual – Uma das maneiras que as duas cientistas encontraram de contribuir com a divulgação do conhecimento científico é por meio da série “PBF Responde”. Trata-se de seis vídeos sobre doenças negligenciadas. Os audiovisuais abordam conceitos, mostram vetores de transmissão, tratamentos e dão dicas para a prevenção das doenças. Os temas são: Hanseníase, Leishmaniose, Zika, Dengue, Chicungunya e Tuberculose.
Os roteiros foram feitos com o apoio da jornalista da PEC, Ana Paula Machado Velho, coordenadora do C², e da residente em Gestão Cultural da UEM, Milena Plahtyn, que também editou o áudio das produções. A edição de vídeo é de Thamiris Saito.
Os audiovisuais estão disponíveis, gratuitamente, na plataforma on-line Conexão Ciência. “Todos estão convidados a assistirem aos vídeos, neste dia em que se comemora o Dia Mundial da Saúde, 7 de abril. Aproveitem e conheçam mais de perto todo o conteúdo da nossa plataforma de divulgação científica”, conclui a coordenadora do C², Ana Paula.