A invenção de um adesivo com própolis, para ser usado no tratamento de peles com irritações provenientes de fungos, bactérias e demais tipos de lesões, deu à Universidade Estadual de Maringá (UEM) mais uma carta-patente, a primeira de 2022, concedida pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi).
A equipe de pesquisadores envolvida no projeto trabalhou na síntese de adesivos sensíveis à pressão (semelhantes ao Band- Aid), com extrato de própolis incorporado à composição dos produtos. Esses adesivos contendo extrato de própolis possuem aderência intermediária aos curativos médicos comerciais testados e reúnem propriedades bactericida, antifúngica, anti-inflamatória e demais aplicações inerentes à própolis.
Por isso, o adesivo patenteado tem potencial para uma ampla faixa de aplicações, tais como adesividade em diversos substratos, bactericida, antifúngico, anti-inflamatório e outras aplicações inerentes à própolis, sendo utilizado como dispositivo de uso tópico.
Como diferenciais, o adesivo sintetizado é não irritante, pode ser utilizado como sistema protetor em aplicações transdérmicas, apresenta índice zero de irritabilidade, além de auxiliar na cicatrização e/ou recuperação de tecidos lesionados por fungos, bactérias e queimaduras.
A patente, no que se refere ao estágio de desenvolvimento tecnológico, está na fase embrionária, necessitando de muito trabalho para levar o produto ao mercado.
Concedida no dia 15 de fevereiro, a patente tem como inventores os pesquisadores Marcos Hiroiuqui Kunita, Adley Forti Rubira, Edvani Curti Muniz, Marcos Rogério Guilherme, Manuel Edgardo Gomez Winkler, Ernandes Taveira Tenório Neto e Stéphani Caroline Beneti.
Informações sobre o pedido podem ser obtidas na página da patente contida no Portfólio de Tecnologias da UEM, disponível no link. Com esta concessão, a UEM conta com 51 patentes concedidas em sua história e aguarda, ainda, a análise de outros 81 pedidos que estão depositados junto ao Inpi.