O futuro Teatro e Centro de Eventos, no Bloco M-40 do câmpus sede da Universidade Estadual de Maringá (UEM), é uma obra parada há oito anos. Os prefeitos da Associação dos Municípios do Setentrião Paranaense (Amusep) se manifestam em apoio à retomada, porque será o maior espaço da cidade e da região para abrigar eventos acadêmicos, científicos, culturais e artísticos, de modo a beneficiar toda a sociedade do noroeste paranaense, impulsionando o desenvolvimento socioeconômico.
Será o único da região com plateia para 1 mil pessoas e com capacidade de realizar eventos simultâneos para mais 600, inserindo Maringá no mapa do turismo de eventos regionais, estaduais e até nacionais. Para o prédio ser finalizado é preciso a liberação de recursos – orçados inicialmente na ordem de R$ 23 milhões, mas que com atualização podem chegar à casa dos R$ 26 milhões. O chefe da Casa Civil, Guto Silva, diz que o governo busca recursos para concluir a obra, mas lembra que o caixa do Estado tem um orçamento “bastante apertado”. “Nosso orçamento para 2022 tem um déficit previsto de R$ 2,4 bilhões, ainda em função de gastos com a pandemia, que vão permanecer por um bom tempo. É uma obra importante para Maringá e, por isso, estamos buscando alternativas de recursos para concluí-la”.
Arte mostra como será fachada de prédio, importante ao noroeste paranaense
Mapa mostra posição estratégica e de fácil acesso do futuro Teatro e Centro de Eventos
A obra foi iniciada em 1º de de dezembro de 2009 e teve sua terceira fase finalizada em 20 de agosto de 2013, quando concluiu-se 55% da obra. Após esse período, a obra foi auditada internamente por especialista e o projeto foi refeito. Desde então, o prédio está inacabado, aguardando recursos para licitação da conclusão. Até o momento já foram investidos R$ 4.824.566,09, de recursos provenientes em maior parte da Caixa Econômica Federal e em menor parte de recursos próprios da UEM. A superfície que o equipamento e seu entorno ocupam tem área aproximada de 18 mil m². A edificação tem área total de 4.650,77 m² e, em sua revisão projetual, o eleva para 5.030,00 m² a serem concluídos.
Obra no câmpus sede da universidade foi iniciada em 2009 (Arquivo/UEM)
Vista aérea mostra magnitude da construção; foto de 2017 (Arquivo/UEM)
Ricardo Dias Silva, vice-reitor da UEM, ressalta que “a universidade, segundo dados do Maringá Convention & Visitors Bureau, é o maior polo de atração do turismo da cidade, tanto pelos inúmeros eventos acadêmicos, científicos e culturais que realizada como por seus processos seletivos, como o Processo de Avaliação Seriada (PAS) e o Vestibular”, sendo que a futura conclusão do Teatro e Centro de Eventos irá ampliar essas atividades tanto em quantidade quanto em qualidade.
“Por isso, as lideranças locais e os prefeitos da Amusep têm apoiado a conclusão da obra e se manifestado para que o governo do estado libere os recursos necessários. Os benefícios serão para todos, sendo o projeto estratégico para o fortalecimento do turismo de serviços, negócios e eventos e, consequentemente, para o desenvolvimento regional”, enaltece o gestor.
Vice-reitor da UEM, Ricardo Dias Silva, visita obra paralisada
Em vídeo com presença do superintendente de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (Seti), UEM e Amusep fazem apelo ao governador, Carlos Massa Ratinho Júnior, e ao chefe da Casa Civil, Guto Silva:
Detalhes do espaço
Desde a concepção original, o Teatro e Centro de Eventos da UEM propôs-se a ser um dos mais modernos, seguros e confortáveis teatros e centros de eventos da região, aliando tecnologia, versatilidade e sustentabilidade. Para sua viabilização, contará com amplo estacionamento, com cem vagas no entorno já executadas e que prevê total de 400, para proporcionar segurança e comodidade. A arquitetura recebe um sistema cerâmico de fachadas ventiladas em seus volumes frontais, que imprime conforto térmico e identidade à edificação.
Os demais volumes do equipamento, como a plateia e a caixa cênica, programas que exigem uma condição de luz altamente controlada, foram envelopados por painéis de alto desempenho para que haja os necessários isolamentos, além de maior durabilidade e facilidade na manutenção.
Salas multiuso serão ajustáveis a diferentes layouts, abrigando total de 600 lugares
O acesso principal ao teatro se dará por uma praça cívica de acolhimento. Estão previstos também os acessos exclusivos aos convidados, palestrantes e artistas, que poderão se instalar em camarins coletivos ou individuais. Foi prevista uma doca para embarque e desembarque de cenários e equipamentos técnicos, sendo todos os espaços acessíveis.
Ao entrar na edificação, o público se depara com um amplo foyer, espaço de múltiplas funções, onde poderão se desenvolver, por exemplo, exposições e confraternizações. Há ainda um balcão para informações, cadastramento de participantes de eventos e guarda-volumes, e contíguo a ele, uma sala para assessoria de imprensa. Toda a edificação possui ambientes de suporte e apoio às atividades a serem desenvolvidas.
Em números
Fases da obra
1ª fase da obra (estrutura em concreto, viabilizada pela Construtora JC Rosas): R$ 1.421.157,48 investidos.
2ª fase da obra (alvenaria e cobertura, viabilizadas pela Construtora Ciplart): R$ 1.084.674,51 investidos.
3ª fase da obra (reboco, viabilizado pela Construtora Triângulo Engenharia de Obras): R$ 2.318.734,10 investidos.
Uma obra parada exige, em sua retomada, a revisão das instalações já executadas, e suas necessárias complementações. As etapas que constituirão a conclusão da obra são: execução do sistema de refrigeração de ar, contrução do acesso principal contínuo à praça cívica, as revisões e complementações nas instalações elétricas, construção da fachada cerâmica, instalações referentes ao projeto acústico, lumínico, cenotécnico, todos os revestimentos internos e externos, pintura, instalação das poltronas e mobiliário, além de comunicação visual.
Bloco M-40 da UEM irá unir qualidade arquitetônica, modernidade e diversas facilidades
O projeto
Estacionamento: 400 vagas.
Área construída: 5.030,14 m².
Foyer (saguão de espera e local multiuso): 670 m².
Plateia: 1.003 lugares.
Centro de Eventos: 600 lugares no total (salas multiuso, ajustáveis a diferentes layouts).
Responsáveis pelo projeto arquitetônico: engenheiro civil Daniel das Neves Martins e as arquitetas e urbanistas Glaucia Pagotto Carneiro e Tânia Nunes Galvão Verri. O projeto executivo (projetos arquitetônico, complementares e memoriais) está pronto para licitação.
Teatro será o único da região com plateia para 1 mil pessoas