O Paraná Faz Ciência, uma das atividades da 18ª Semana Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (SNCT), foi aberto nesta segunda-feira (4), com palestras sobre o aquecimento global, políticas de C&T e apresentação de museus. O evento ocorre até sexta-feira (8) e, este ano, tem como tema: A transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o planeta. O objetivo é aproximar a população de conteúdos relacionados ao desenvolvimento científico e tecnológico e suas aplicações.
A participação da Universidade Estadual de Maringá (UEM) é grande. Afinal, segundo o vice-reitor da instituição, Ricardo Dias Silva, a UEM produz ciência de alta qualidade, assim como todo o Paraná. Sem ela, não haveria desenvolvimento econômico, social e cultural, condição essencial para melhoria da qualidade de vida das pessoas.
“Nos últimos dois anos, a ciência ganhou grande visibilidade, pelas respostas rápidas que trouxe para a grave crise sanitária que vivemos, mas também pelos movimentos negacionista que crescem no planeta. Para aprofundar nossos conhecimentos e para debatermos a ciência, num momento de tantos desafios, é fundamental a proliferação de eventos como o Paraná Faz Ciência”, disse Dias.
Isso ficou claro no painel de abertura realizado, nesta segunda-feira, dia 4, às 9h. O encontro foi mediado pelo diretor de Ciência e Tecnologia da Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), entidade propositora do evento, Marcos Pelegrina; pelo assessor da Superintendência; o coordenador de museus universitários da Superintendência de Tecnologia e Ensino Superior do Estado (Seti), Renê Wagner Ramos; e a professora Débora de Mello Sant'Ana, pró-reitora de Extensão e Cultura da UEM. O tema foi “Política e estratégia de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior”.
Pelegrina agradeceu a todos os envolvidos para o sucesso da iniciativa e lembrou “que só se faz inovação, palavra tão comum nos dias de hoje, com conhecimento. Por isso, precisamos apostar na ciência e na pesquisa no nosso estado”.
Participação especial
Às 10h30, o professor da Universidade de São Paulo (USP), Paulo Eduardo Artaxo Netto, fez a palestra magna. Ele desenvolve iniciativas científicas no campo da física aplicada a problemas ambientais, focadas, principalmente, em questões relacionadas às mudanças climáticas globais. Artaxo desenhou o cenário desses temas e incluiu, inclusive, informações sobre a precipitação de chuvas e da temperatura no Brasil.
"Estamos sendo avisados há mais de 30 anos sobre ondas de calor e de estiagem no nosso país, desde a ECO-92. E não vêm sendo implementadas ações para mudar esse cenário, o que já causa impactos para diferentes grupos populacionais por aqui e na nossa produção agrícola, isto é, na nossa economia [...] Ainda há tempo de mudar o futuro, mas vamos precisar mudar nossa mentalidade, planejar a diminuição de emissões de gases e outras medidas que garantam a nossa sustentabilidade”, completou o físico.
À tarde, ocorreu o primeiro painel da SNCT, intitulado “Oportunidades e os desafios dos museus e centros de ciências”. São 17 espaços espalhados pelo Paraná. Um deles é na UEM e foi representado pelo professor e coordenador do Museu Dinâmico Interdisciplinar (Mudi/UEM), Marcílio Hubner de Miranda Neto. Segundo o ele, “o museu criou um vínculo muito grande com a comunidade por meio do que oferece, no contato com o público nas exposições interativas que temos. Mesmo em tempos de pandemia, conseguimos nos manter ativos. Isso é muito gratificante para nossa equipe”, anunciou Miranda Neto.
Às 17h, o Hora da Ciência, um bate-papo organizado para a garotada pelo projeto de extensão Conexão Ciência- C² , recebeu a professora, Linnyer Ruiz Aylon. Ela contou a trajetória que percorreu entre a zona rural de Cianorte e a presidência da Sociedade Brasileira de Microeletrônica. “Todos podem ser o que quiserem, mas é preciso decidir e agir para que as coisas aconteçam. E agir fazendo as coisas da melhor maneira possível de forma que a gente possa comemorar cada passo que a gente dá”, aconselhou Linnyer.
Para encerrar a programação do primeiro dia, às 18h, ocorreu o lançamento oficial do Paraná Faz Ciência, com a presença do reitor da UEM, Julio César Damasceno.
Programação de terça-feira
Às 9h, é a vez do Painel 3, intitulado “Mulheres cientistas, a diversidade em ação”. Quem estará na mediação é Linnyer Beatrys Ruiz Aylon. Ela conversa com a professora da UEM, Sheilla Patrícia Dias de Souza, Géssica Nunes, entre outras convidadas.
Às 14h, ocorre o Painel 4, com o tema “Ciência na Escola”, que conta com a presença de Evanilde Benedito, professora do Núcleo de Pesquisas em Limnologia, Ictiologia e Aquicultura (Nupélia) da UEM. Às 16h, será realizado o Painel 5, tratando das “Contribuições da Ciência para os ODS/ONU”, com a participação da professora Sandra Mara de Alencar Schiavi, da UEM.
O Hora da Ciência, às 17h, recebe a professora de Ciências e Biologia da educação básica e doutoranda em Divulgação da Ciência, Fiocruz, Thaís Sanches. Formada em Ciências Biológicas pela UEM, é mestre pelo Programa de Biologia Comparada PGB da Universidade. Mais importante: tem um perfil bem movimentado, o @thaisplicando.ciencias, no Instragram. O tema, comunicação da ciência.
O Paraná Faz Ciência é uma iniciativa idealizada pela Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti). O evento é uma parceria com a Universidade Virtual do Paraná (UVPR) e a UEM, com o apoio da Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Paraná e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).