Em virtude da situação de pandemia, a XX Edição do Vestibular dos Povos Indígenas do Paraná 2020, que aconteceria no mês de abril, está ocorrendo desde domingo (18) e se estende nesta segunda-feira (19). Provas estão sendo aplicadas em Londrina, Ponta Grossa, Cascavel, Guarapuava e Curitiba.
Seguindo um rigoroso protocolo de segurança, 558 vestibulandos indígenas concorrem a seis vagas suplementares nos cursos de graduação em cada uma das sete Universidades Estaduais do Paraná e dez vagas suplementares na Universidade Federal do Paraná (UFPR).
No primeiro dia, o exame foi composto por prova oral de Língua Portuguesa. Hoje os vestibulandos realizam a Prova Objetiva, com 5 questões cada, e a Redação.
O gabarito será divulgado na terça-feira (20). O resultado final será publicado até o dia 1º de setembro.
Este ano o concurso foi organizado pela Universidade Estadual do Norte do Paraná (Uenp).
UEM tem 7 neograduados indígenas
A universidade graduou recentemente 7 novos profissionais, entre eles pedagogos, historiadores e um educador físico, das comunidades Guarani, Kaingang e Xetá do Estado do Paraná.
Thais Ta-Nag Amaral é uma das neograduadas em História. Ela pertencente à comunidade Kaingang da Terra indígena Barão de Antonina e diz que se sente grata e orgulhosa pela conquista pois as dificuldades foram muitas. “Iniciei o curso presencial pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Era muito cansativo: saía muito cedo de casa e retornava de madrugada, além disso meu filho era pequeno, então transferi para Educação a Distância (EAD) na UEM, que possui um pólo em Assaí, que fica próximo de onde moro,” explica Thais.
Thais Ta-Nag Amaral colou grau na sexta-feira (16)
A UEM possui inúmeros projetos de pesquisa, ensino, extensão e desenvolvimento, que envolvem estudantes indígenas da graduação e pós-graduação. “A UEM tem se destacado no apoio à política estadual de formação indígena sendo a Instituição de Ensino Superior Estadual que tem o maior número de estudantes matriculados e o maior número de formados”, enfatiza Maria Christine Berdusco Menezes, coordenadora da Comissão da Universidade para Índios (Cuia).