A Universidade Estadual de Maringá (UEM) deu início na noite de ontem (14), de forma remota, às sessões solenes de colação de grau dos formandos de 2020, entregando certificado de conclusão de curso a 292 neograduados nos cursos ligados ao Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CSA).
Presidida pelo reitor Julio César Damasceno, a cerimônia reuniu, ainda, na mesa de autoridades, o chefe de Gabinete da Reitoria, professor Alessandro Santos da Rocha; a pró-reitora de Ensino, Alexandra de Oliveira Abdala Cousin; e o paraninfo geral dos formandos, professor Vicente Chiaramonte Pires, do Departamento de Administração (DAD).
O orador Vitor de Souza Ichikawa, do curso de Direito, lembrou que o mundo era diferente quando ingressaram na UEM. Falou das mudanças causadas pela pandemia da Covid, alterando os hábitos e a convivência entre os acadêmicos. Reforçou a homenagem aos servidores que ajudaram na construção do caminho dos formandos e lembrou as conquistas importantes para a instituição, como a criação das cotas sociais e raciais. Destacou o papel da universidade na produção de tecnologias que protegem a vida e a saúde humana.
A diretora do CSA, a professora Gisele Mendes de Carvalho, assinalou que o Centro é o maior em número de alunos, congregando quase três mil estudantes de cursos presenciais, fora os que estão matriculados nas graduações de modalidade a distância. Apenas neste ano o CSA está formando quase 500 profissionais que, na opinião de Gisele, terão, a partir de agora, o passaporte para o futuro.
Na avaliação do reitor, os jovens estão preparados tanto do ponto de vista técnico quanto humano para serem protagonistas na sociedade. “Vocês serão brilhantes em vossas atuações”, anteviu Damasceno. De acordo com ele, a UEM é uma universidade que permite às pessoas uma experiência fantástica, causando uma grande transformação, afirmando, ainda, que há profissionais em várias partes do mundo graduados pela instituição.
“Se apresentou totalmente”
Desde quando criada, a UEM se confunde com a história de Maringá, segundo Damasceno. Ele se referiu à pandemia da Covid-19 como uma tragédia mundial, que, como crise sanitária, trouxe pânico às pessoas. “Foi de nós suprimido aquela aproximação, da troca de olhar”, lamentou. Mas, conforme o reitor, a situação poderia ser ainda pior não fosse a atuação da UEM, que, por meio dos profissionais formados pela instituição, têm tido um papel fundamental na promoção de um ambiente mais seguro diante da pandemia.
De acordo com ele, em momento algum a universidade parou. A UEM se tornou referência no desenvolvimento de ciência, tecnologia e inovação, utilizadas para minimizar os impactos causados pela pandemia. Resgatou a memória dos servidores mortos pela Covid e, mais uma vez, disse que o quadro teria sido mais grave não fosse a colaboração da universidade, “que se apresentou totalmente naquilo que sabe fazer”, desde o acompanhamento de pesquisas feitas em todo o mundo, traduzindo-as para a população, até à criação de serviços e produtos como o capacete de oxigenação.
Damasceno citou mais um ranking, o Latin America University Rankings 2021, divulgado ontem, o qual mostrou que a UEM avançou 33 posições em relação a avaliação anterior. A instituição saltou da 81ª para a 48ª melhor universidade da América Latina entre as 177 pesquisadas. “Isso não se consegue sem muito esforço, resultado e entrega”, revelou Damasceno.
Vicente Chiaramonte Pires, paraninfo geral dos formandos
“O futuro é hoje e ele é de vocês”
O paraninfo geral congratulou a todos e a todas pelo desafio de chegar onde chegaram. Fez questão de compartilhar alguns aprendizados na vida, como o de acreditar mais em si próprio. “Procure encontrar seus tesouros dentro de si mesmos. Então, faça mais por você e por seus semelhantes”, ensinou. Pires disse apostar que ainda há muito em perseverar em cada um dos formandos.
Embora existam homens públicos sem a consciência cívica, o paraninfo desafiou os neograduados a ter preocupação com os próximos e a pátria. “Sejam um agente transformador de sua vida, de sua realidade próxima”, pediu. Para ele, os futuros profissionais não devem se excluir de suas responsabilidades como cidadãos.
Pires, que disse ter perdido um irmão há um mês para a Covid, afirmou que é preciso aprender os caminhos da esperança, do mérito e do trabalho coletivo. “O futuro é hoje e ele é de vocês”, asseverou ele, professor há quase 40 anos.
A noite foi abrilhantada por várias apresentações musicais, como as de Carol Naemi, ex-participante do The Voice Brasil, aluna do curso de Música da UEM e do Duo de Cordas, que interpretou a canção “Lamentos”, de Pixinguinha.
Victor Ichikawa, orador dos formandos
Laureados
Oito neograduados receberam láurea acadêmica, honraria concedida aos estudantes com pelo menos dois terços das notas com nota nove ou superior durante o curso. A láurea, portanto, é uma distinção honorífica conferida a título de reconhecimento da excelência.
São eles: Hélen Caroline da Cunha Beque (Administração), Azucena Peres Rodrigues (Ciências Contábeis), Beatriz Amaral Tufureti (Ciências Contábeis), Murilo Florentino Andriato (Ciências Econômicas), Diéssica Zonemberg Ferreira (Direito), Gabrielle Prado Cracco (Direito), Ruth Noemi Tanaka Miyazaki (Direito) e Taynara Guelleri Vassoler (Direito).
Colaram grau formandos dos cursos de Administração, Ciências Contábeis, Ciências Econômicas, Direito e Tecnologia em Gestão Pública. Eles passaram a compor o rol de 76.204 profissionais formados pela UEM.
Nesta quinta-feira, com início também às 19 horas, ocorrerá a colação de grau dos formandos dos cursos afetos ao Centro de Tecnologia (CTC). A professora Tânia Nunes Galvão Verri, do Departamento de Arquitetura e Urbanismo (DAU), será a paraninfa geral.