Emoção… ansiedade… Esperança! Começou hoje (14), em Maringá-PR, a vacinação contra a Covid-19 para profissionais do ensino superior, o que inclui os servidores da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Nesta segunda-feira são contempladas as pessoas de 51 a 59 anos; veja calendário e orientações aqui. Ricardo Dias Silva, vice-reitor da UEM, que tem 51 anos, entrou na fila do Restaurante Universitário (RU) para receber a primeira dose e incentivar todos os servidores a se imunizar contra o novo coronavírus.
“Hoje é um dia de festa, porque há tanto tempo esperávamos pela vacina! A possibilidade de vacinar todos os nossos servidores é uma alegria muito grande, uma conquista do grupo de reitores das universidades estaduais do Paraná junto ao Aldo Bona, superintendente da Seti [Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior], e ao Beto Preto [Carlos Alberto Gebrim Preto], secretário da Saúde”, comemora Dias Silva.
O vice-reitor, agora vacinado, orienta que os servidores da UEM se vacinem quando puderem e pede que todos continuem adotando com rigor as medidas de biossegurança: uso de máscara de proteção individual, lavagem de mãos frequentemente com água e sabão, higienização das mãos com álcool em gel, distanciamento social, isolamento em caso de suspeita ou diagnóstico de Covid-19 e não compartilhamento de objetos pessoais. O reitor da UEM, Julio César Damasceno, tomou a vacina anteriormente.
Empenhado em conquistar vacinas para servidores, Ricardo Dias Silva orienta que profissionais se imunizem
Câmpus regionais – Até às 11h40 de hoje, as prefeituras de Cianorte, Cidade Gaúcha e Ivaiporã, onde a UEM tem câmpus, não divulgaram os calendários vacinais contra a Covid-19 para profissionais do ensino superior. Em Diamante do Norte e Goioerê, onde a UEM também está presente, os servidores da UEM já foram vacinados com pelo menos uma dose.
Umuarama, outra cidade com câmpus da UEM e onde no sábado (12) tomaram a primeira dose trabalhadores do ensino superior com idades de 35 a 59 anos, ainda não informou quando se dará o esquema de vacinação para colaboradores com 34 anos ou menos de faculdades, centros universitários e universidades. No entanto, para quem tem de 35 a 59 a vacinação continua hoje (14), das 13h30 às 16h, na Unidade Básica de Saúde (UBS) do Jardim Cruzeiro. De acordo com a prefeitura, é preciso levar Carteira de Identidade (RG), CPF, Cartão Nacional de Saúde (cartão do Sistema Único de Saúde/SUS) e comprovantes de residência e de vínculo empregatício.
Vacinação é grande aliada
Nos casos de Covid-19 registrados até agora em 2021, é possível ver redução e estabilidade entre os idosos de Maringá – público já vacinado – de acordo com análise feita pelos professores Marcelo Osnar Rodrigues de Abreu e Aline Edlaine de Medeiros, do Departamento de Matemática (DMA) da UEM. Os pesquisadores usaram dados oficiais fornecidos pelos órgãos públicos.
“Ainda é muito cedo para concluir com alta precisão que a estabilização em pessoas acima de 60 anos, em um período em que os casos aumentaram significativamente, deve-se principalmente pela vacinação. Mas, levando-se em consideração as datas que marcam o fim da vacinação em idosos, há indícios da existência de redução de contágio nesse grupo, que representa a maior parte dos vacinados”, declara Abreu. É uma demonstração que a vacina e a ciência são grandes aliadas no combate à pandemia.
Em 25 de janeiro, a média de casos em idosos (cor azul no gráfico abaixo) era de 16, enquanto que em menores de 60 anos (cor laranja) era de 101. Ambas as situações triplicaram: respectivamente, 51 em 7 de março e 314 em 3 de março. “Entre março e abril, ao mesmo tempo em que avançava a vacinação, houve redução no número de casos. Acreditamos ser devido às diversas medidas que foram tomadas à época”, complementa Medeiros.
Tracejado azul mostra queda e estabilidade de casos em idosos após vacinação (Fonte: pesquisadores do DMA da UEM)
“Dentre as pessoas com 60 anos ou menos, a média foi reduzindo até atingir 61 casos em 22 de abril. Na sequência, observa-se um novo aumento significativo e novamente triplicou-se a média, atingindo 181 em 1º de junho”, registram os docentes na análise. Em contrapartida, os idosos estão com média estável: em torno de 17 no período de 22 de abril a 1º de junho.