Nesta segunda (17), é celebrado o Dia Internacional Contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia. O tema é uma das lutas do Nudisex - Núcleo de Pesquisas e Estudos em Diversidade Sexual, do Departamento de Teoria e Prática de Educação (DTP), da Universidade Estadual de Maringá (UEM).
O 17 de maio foi criado, em 2004, para chamar a atenção para a violência, discriminação e preconceito sofrido por pessoas lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros (LGBT). A data foi escolhida porque marca a decisão da Organização Mundial da Saúde (OMS), de 1990, de desclassificar a homossexualidade como um distúrbio mental da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID), uma das primeiras grandes conquistas da comunidade e do ativismo LGBT.
O dia representa um marco mundial anual importante para chamar a atenção das pessoas tomadoras de decisão, da mídia, do público, das empresas, de líderes de opinião, das autoridades locais e outras pessoas para a situação enfrentada por pessoas com orientações sexuais diversas, identidade ou expressão de gênero, características sexuais atípicas ou fora das normas de gênero.
Segundo a coordenadora do Nudisex, a professora Eliane Maio (foto acima), a data também é conhecida como ‘Dia Internacional de Luta Contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia’. O propósito é conscientizar a população em geral sobre a luta contra a discriminação dos homossexuais, transexuais e transgêneros.
“A homofobia consiste no ódio e repulsa por homossexuais, atitude que deve ser combatida para que possamos formar uma sociedade baseada no respeito ao próximo, independente da orientação sexual. A prevenção a quaisquer formas de preconceitos aponta para que as pessoas aceitem todas as formas de amar e de se portar na sociedade. E essa prevenção vem desde o lar... posteriormente, nas escolas, nas igrejas. Uma educação emancipatória e libertadora de uma criança vem contribuir com um mundo muito melhor. Porque ela não nasce com preconceitos, mas aprende com pessoas mais velhas com as quais convive. Assim, é urgente que preparemos uma geração que esteja livre de tais sentimentos, e isto vem de uma educação científica, com fatos que possam ser dialogados no dia a dia”, defende a professora Eliane.
Nudisex - A docente ainda informa que o Nudisex foi criado em 2009, pela professora que é ligada ao DTP e ao Programa de Pós-Graduação em Educação (PPE/UEM). É fruto de um movimento de “alguns/algumas de seus/suas alunos/as, que iniciaram grupos de estudos e pesquisas, nas áreas de sexualidade, diversidade sexual, violência sexual, feminismos”. O grupo foi se ampliando e foi certificado pelo CNPq.
“O crescimento do número de participantes permitiu que, em 2009 mesmo, fosse realizado o primeiro Simpósio Internacional de Educação Sexual (SIES), com mais de 1200 pessoas inscritas. Desde então, de dois em dois anos, esse evento é realizado, sendo que, em 2021, promovemos o VII SIES, com mais de mil pessoas também. Ainda organizamos muitos cursos e eventos de extensão, tanto dentro da UEM, quanto na comunidade externa”, lembra Eliane Maio.
Quem quiser se juntar ao grupo, além das redes sociais, pode escrever para o e-mail da professora: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..