O Núcleo de Apoio Contábil e Fiscal (NAF) funciona, desde 2013, na Universidade Estadual de Maringá (UEM). Trata-se de um projeto de extensão desenvolvido pela Receita Federal, em parceria com Instituições de Ensino Superior (IES). O objetivo é oferecer serviços contábeis e fiscais gratuitos para pessoas físicas e jurídicas de menor poder aquisitivo. A UEM atua junto à população de 40 municípios da Região Metropolitana de Maringá.
O atendimento do NAF é totalmente gratuito. A equipe oferece orientação de preenchimento da Declaração de Imposto de Renda de Pessoa Física. Para o Microempreendedor Individual (MEI), o grupo auxilia na abertura, alteração e baixa de empresas; entrega de declaração anuais; emissão de guias; pedido de nota fiscal à Receita Estadual; emissão de notas fiscais; e parcelamentos de débitos junto à Receita Federal.
Segundo a professora Mara Piovesan, uma das orientadoras no projeto na UEM, o apoio da equipe não substitui um escritório de contabilidade. A docente ainda lembrou que, com o início da pandemia, em março de 2020, os atendimentos do NAF precisaram se adequar e se tornaram totalmente remotos.
“Foi uma experiência muito interessante, tanto para nossa equipe quanto para aqueles que necessitavam de apoio. A coordenadora, professora Simone Sanches, nos reuniu e, para que o projeto não ficasse paralisado, propôs que iniciássemos o atendimento remoto, agendando por e-mail. Sem dúvida, foi um desafio duplo, para nós e para os microempreendedores. Fomos nos comunicando e nos acertando. Por outro lado, foi também um aprendizado, porque tivemos que nos reinventar, adaptar, negociar muitas vezes com nós mesmos. As dificuldades foram sendo superadas aos poucos e, a cada obstáculo, inventamos uma forma de ultrapassá-la. Com isso, pensamos que, no futuro, poderemos trabalhar tanto com o atendimento presencial quanto remoto, facilitando o atendimento aos municípios que ficam a 30, 40 quilômetros de Maringá”, explicou a professora Mara, que atua com equipe formada, ainda, pelo professor e orientador Alceu Panosso, e pelos acadêmicos Pedro Augusto dos Reis e Thiago Henrique Guedes.
Depoimento – A microempreendedora Nice Góis é atendida pelo NAF há três anos. Segundo ela, o projeto a ajudou no desenvolvimento e amadurecimento de sua trajetória como empreendedora.
“Eu queria ter tudo regularizado e sabia da existência do MEI, mas não entendia como funcionava. Em outubro de 2018, com a ajuda da professora Mara, fiz a abertura do MEI e passei a ter CNPJ. Isso me possibilitou comprar junto a fornecedores que só vendem para empresas. Mas o NAF me explicou muito mais: quais as vantagens e obrigações de ter um MEI, que eu teria que pagar um boleto mensalmente, fazer uma declaração anual, bem como que eu precisava anotar as minhas receitas e separar o que era do Ateliê, porque eu não tinha essa organização. Além disso, a professora também me orientou a ter contrato com as alunas para quem eu dou aula, com isso consegui colocar regras nessas relações o que me ajudou demais. Ainda consegui contribuir com o INSS para ter uma garantia no futuro”, contou a microempreendedora.
De março a dezembro de 2020, o projeto realizou 116 atendimentos remotamente. E, agora, de janeiro a abril 2021, já foram mais de 140. O atendimento inicial é feito pelos e-mails: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. A professora Mara ainda informou que, este ano, o NAF promoveu um curso de Imposto de Renda Pessoa Física nos meses de março e abril e planeja outro de formação de preço de vendas para MEI, no segundo semestre.
Texto produzido em colaboração com a estagiária da PEC, Lorena Moura, aluna do curso de Comunicação e Multimeios da UEM.