Hoje (4) ocorreu o primeiro dia do evento on-line “Retorno seguro às aulas presenciais. É possível?”, realizado pela Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) em parceria com a Comissão de Especialistas em Covid-19, Universidade Virtual do Paraná (UVPR) e as universidades estaduais do Paraná.
A ação, que reúne 45 pesquisadores de diferentes áreas, tem o objetivo de "debater e atualizar informações a respeito da Covid-19, eficácia das vacinas, protocolos de segurança para o retorno das aulas presenciais, além dos impactos sociais e educacionais da pandemia no Paraná". Durante a cerimônia de abertura, os reitores das sete universidades estaduais destacaram o empenho das instituições em mais de um ano de combate à pandemia, com medidas de prevenção, pesquisas científicas e ações afirmativas de apoio a estudantes que não possuem acesso à Internet nem aparelhos eletrônicos, como telefones e notebooks.
"Esse debate é de fundamental importância para auxiliar, de maneira técnica e científica, as ações das universidades no que diz respeito ao calendário acadêmico. Guiados pelo grupo de especialistas e pela opinião dos pesquisadores, as instituições podem reorganizar a sua rotina acadêmica”, afirma o superintendente da Seti, Aldo Bona. Destaca, também, que o Governo do Estado do Paraná, por meio de decreto, definiu que o retorno presencial das aulas nas universidades "deve ser estabelecido pelo colegiado de curso de cada instituição, em respeito à autonomia universitária e às condições epidemiológicas de cada região".
Para a coordenadora da UVPR, Maria Aparecida Crissi Knuppel, o evento foi criado para debater questões importantes relacionadas ao papel das universidades no período pós-pandemia. “Vamos discutir protocolos de saúde, de segurança e mudanças que são necessárias frente aos desafios que a sociedade vive”.
Debate – Os dois primeiros painéis reuniram especialistas para dialogar sobre informações atualizadas a respeito da Covid-19 e a eficácia das vacinas aplicadas nos brasileiros. O professor da Universidade Estadual do Norte do Paraná (Uenp) Henrique Carnevalli apresentou aspectos sociais e econômicos que foram influenciados e alterados em virtude da doença. “A pandemia acentuou a fome de forma significativa, escancarando desigualdades que já existiam. Também tivemos aumento de muitos casos de violência, principalmente a doméstica. No aspecto educacional, o grande desafio foi o acesso à Internet de forma igualitária e a utilização das novas tecnologias nas metodologias de ensino”.
Os participantes debateram, ainda, sobre a importância do avanço rápido da imunização. No Paraná, 1 milhão de pessoas estão com o esquema vacinal completo, ou seja, receberam as duas doses da vacina contra a Covid-19, o que equivale a quase 10% da população do Estado, estimada pelo Ranking de Vacinação; e a 21% das pessoas que fazem parte dos grupos prioritários previstos no Plano Estadual de Vacinação. “As vacinas que foram liberadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) são seguras e eficazes, devemos confiar nos imunizantes que estão disponíveis no Brasil, tomando as duas doses”, alerta a professora da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) Elisangela Gueiber Montes.
Na segunda etapa da programação os assuntos escolhidos para as mesas de debate foram o retorno das aulas presenciais e os aspectos legais das restrições individuais impostas pelo isolamento social. Para a pró-reitora de Extensão e Cultura da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Débora de Mello Gonçales Sant’Ana, o avanço da vacinação é essencial para se decidir sobre o retorno presencial. “Para acontecer o retorno é preciso ter embasamento científico e segurança sanitária. Isso depende da vacinação em massa e da queda dos índices de contaminação e de óbitos”.
Programação – A programação do evento segue nesta quarta-feira (5) com quatro painéis virtuais sobre protocolos de segurança, novos modelos de educação pós-pandemia e programas e ações que foram desenvolvidos pelas universidades estaduais do Paraná. O evento é transmitido ao vivo pelo canal no YouTube da Universidade Estadual de Londrina (UEL).
Reportagem produzida pela Assessoria de Imprensa da Seti.