Desde 2017, quase três mil crianças e adolescentes participaram do Projeto de Extensão "Fazenda do Conhecimento”, realizado pela Fazenda da Universidade Estadual de Maringá (UEM), localizada no campus do Arenito, em Umuarama. A proposta levou os estudantes a conhecerem as ações da Universidade em diferentes áreas.
Segundo o responsável pela iniciativa, o técnico-administrativo da UEM Ivan Walisson Carrito (foto acima), a primeira visita à Fazenda foi solicitada por uma escola ao diretor do setor, à época, Jefferson Botelho Soares. “Ele me indicou para acompanhar o grupo. A visita foi registrada e postada nas redes sociais, o que fez com que outras escolas entrassem em contato conosco. As solicitações foram analisadas, naquele momento, e, pela minha formação em Educação Física, o projeto se concretizou formalmente, sob minha organização. Unimos meu interesse na área do lúdico ao interesse da comunidade escolar e da UEM. O resultado foi a oferta de ambiente favorável ao conhecimento por meio do brincar”, explicou Carrito.
As visitas, então, viraram um projeto de extensão. A primeira fase ganhou o nome “Visitação à UEM”, com o objetivo de focar o aprendizado dos estudantes. Em 2018, com a chegada da professora aposentada do curso de Medicina Veterinária da UEM, Rejane Machado Cardozo, na coordenação, o nome foi mudado para “Fazenda do Conhecimento”.
“O Projeto tomou uma proporção imensa com agendamentos duas vezes por semana. Depois, reduzimos para uma vez, por causa da nossa estrutura. As escolas ligavam, agendavam e elas mesmas reservavam o transporte. A UEM oferecia o acompanhamento lúdico e as atividades de divulgação do conhecimento. Porém, muitas escolas rurais ou do campo passaram a nos procurar e, como estas crianças saiam às 4 ou 5 horas da manhã das suas regiões e passavam o dia aqui, o projeto passou a contar com o apoio de todos os servidores para compra de lanche para a garotada”, completou Ivan Carrito. Ele lembrou, ainda, “que o Projeto sempre contou com apoio da Vigilância da UEM e da zeladoria, além dos demais servidores”.
Volume – “Muitas escolas levaram uma turma à Fazenda e, depois, retornaram com mais grupos, algumas instituições menores trouxeram toda a escola. Atendemos colégios públicos, particulares, do campo e da cidade”, descreve a coordenadora Rejane.
As atividades lúdicas oferecidas pelo Projeto são na área de música, pintura, dança, caça ao tesouro e diversos jogos. Em inúmeras vezes, a própria escola foi responsável pelas apresentações culturais. A equipe da UEM organizou exposições nas áreas de agrárias, tecnologias, humanas, biológicas e exatas.
Para as atividades, o Projeto utilizou a Estação meteorológica; a Horta e o Horto; o galinheiro e os maquinários do Colégio Agrícola; o Hospital Veterinário e o Hospital Veterinário de Grandes Animais; os laboratórios de solos, de fitopatologia, de sementes, de bioquímica, de anatomia animal, de entomologia (insetos) e de bioquímica; e o Almoxarifado.
Ivan Carrito lembrou que, após o agendamento, sob orientação da coordenadora, ele solicitava aos laboratórios e demais ambientes da Fazenda a preparação e um docente ou técnico para acompanhar a escola “no fornecimento de conhecimento aos participantes. Com isso, o Projeto recebeu 2.850 estudantes, desde 2017. Estes foram até a Fazenda em grupos de 30 alunos. Em outras palavras, foram mais de 95 atendimentos. Agora, aguardamos o retorno das atividades presenciais para darmos continuidade ao projeto, em 2021”, concluiu Carrito.