Conheça a história do pseudônimo Julinho da Adelaide
Na década de 60, um tal de Julinho da Adelaide ficou conhecido por hits como “Acorda Amor”, “Milagre Brasileiro” e “Jorge Maravilha”. Músicas que faziam críticas à ditadura, mas passavam despercebidas por ser “de um autor que tinha pouca visibilidade”.
Chico Buarque inventou o personagem para assinar suas canções, porque toda composição que o cantor assinava era vetada pela censura de imediato. "Suas músicas eram proibidas somente porque levavam sua assinatura. A saída para burlar a censura foi a criação de um heterônimo. E deu certo", conta o site Chico Buarque.
O músico chegou até a ser entrevistado como Julinho: em 1974, seu amigo Mário Prata, jornalista e escritor brasileiro, teve a ideia de entrevistar a estrela. A entrevista aconteceu na casa de Sérgio Buarque de Holanda, pai de Chico.
Ao saber que Juninho e Chico eram a mesma pessoa, o serviço de censura do Governo Militar passou a exigir cópias do RG e do CPF dos compositores.