Evento tem por objetivo criar um ambiente para fomentar discussões sobre inovação, gestão e liderança na área da saúde
Foi realizado entre os dias 11 e 15 de agosto, no Aurora Shopping, em Londrina, o Health Connect Summit (HCS). O acadêmico do 5º ano do curso de Medicina da Universidade Estadual de Maringá, Lucas Zandonadi dos Santos, representou a instituição no evento e, junto com sua equipe, ficou em primeiro lugar no desafio Hackathon.
O HCS visa incentivar a interação entre os agentes da saúde e tecnologia no Brasil e cujo objetivo é criar um ambiente propício para fomentar discussões sobre inovação, futuro, tendências, transformação digital, gestão e liderança na área da saúde. O evento é realizado pelo Polo de Saúde de Londrina e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/PR), em parceria com a administração de Saúde Londrina União Setorial (Salus) e o Arranjo Londrinense das Indústrias de Saúde (Alis).
O Health Connect Summit vem acontecendo anualmente em Londrina, e tem como princípio debater sobre temas atuais de tecnologia e inovação na área médica e esse ano, juntamente com as palestras, foi realizado o Hackathon, entre os dias 11 e 13 de agosto.
O desafio contou com 17 equipes e mais de 80 participantes, dentre professores e alunos de diversas áreas do conhecimento, que ficaram concentrados durante todo final de semana, na biblioteca do Centro de Ciências da Saúde, anexo ao complexo do Hospital Universitário de Londrina. “Nesses 3 dias, fizemos visitas técnicas e entrevistas no hospital para avaliar os problemas físicos, de gestão e de assistência que a instituição possuía a fim de criar uma solução inovadora e funcional para as dificuldades encontrados”, ratifica Lucas.
A equipe de Santos foi composta por cinco pessoas; além dele, também participaram: Ana Beatriz Floriano, docente e Enfermeira formada pela Universidade Estadual de Londrina (UEL); João Barreto, graduando de Medicina/UEL; Pedro Luis Cassela, graduando de Medicina/UEL e Rafael Biz, graduando de Enfermagem/UEL.
A equipe desenvolveu uma solução chamada StarPlug, um dispositivo compacto e barato que se acopla nas caixas para descarte de material perfuro cortante e retira a agulha da seringa sem a necessidade de manipular a agulha com as mãos e ocorrer acidentes. “Um grande problema que temos nas instituições de saúde são os acidentes com esses materiais e a nossa solução visa diminuir essas intercorrências, além de separar de forma segura e descartar apenas a agulha, conseguimos aumentar a vida útil das caixas, que são caras, e descartar apenas as seringas em outro tipo de lixo”, afirma ele.
Durante os três dias de evento, a equipe conseguiu elaborar a solução, desenhar um software e imprimir três modelos em impressora 3D. Com o projeto conquistaram o primeiro lugar na competição que contava com uma premiação de R$ 3 mil para os vencedores. Agora a equipe irá se reunir novamente com o Sebrae e o Centro de Ciências da Saúde de Londrina, para analisar a possibilidade de patentear a ideia. “Tenho certeza que a solução será viável não só para o Hospital Universitário, mas para toda e qualquer instituição de saúde do país. Estamos abertos também a sugestões de quem se interessar pelo assunto e quiser contribuir”, conclui Lucas.
Texto escrito por Francisco Dias Neto.