O Museu Dinâmico Interdisciplinar, da Universidade Estadual de Maringá (Mudi/UEM), se une ao Centro de Ciências Agrárias e o Nupélia para levar novidades para a Exposição Feira Agropecuária, Industrial e Comercial de Maringá – a Expoingá 2023, que, neste ano, tem como tema “O Agro em Movimento”. O evento, organizado pela Sociedade Rural de Maringá, ocorre entre os dias 4 a 14 de maio, no Parque Internacional de Exposições Francisco Feio Ribeiro.
Segundo um dos organizadores da participação do Mudi na Feira, o professor Marcílio Hubner de Miranda Neto, como o evento está cada vez mais urbano, diferente do que era antigamente, “a ideia é ocupar o espaço ocioso do parque e torná-lo mais educativo para a comunidade”.
Para dar conta disso, o Centro de Ciências da UEM vai levar cerca de 60 projetos, que vão se revezar em uma grande área. Alguns, porém, serão atrações fixas durante todo o evento e vão dar apoio a organizações como o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR).
A área em que atua o Centro ganhou o nome de Agromuseu. Ali vão acontecer algumas inovações com auxílio da tecnologia. Um destaque é a parceria do Mudi com o Agromuseu que vai usar projetores para montar a Exposição Deuses e Santos da Agricultura - Parte I. ”Trata-se da primeira parte de uma história, que fala sobre as deusas Perséfone e Ceres. Dizemos que é a primeira parte, porque a gente quer que tenha continuidade. Aqui vamos falar da visão greco-romana, mas, na sequência, no período de São João, a ideia é falar das festas e das premissas que são feitas para a colheita relacionadas com São João Batista”, detalha o professor.
Segundo Hubner, a proposta do Mudi é falar destes temas por meio de um conteúdo lúdico. Usando pouca coisa escrita, uma história bem bonita, que propõe uma experiência bem imersiva. “Você vai entrar, aprender uma história, ter uma interatividade e sair com mais conhecimento”, completa.
Pavilhão Branco
Mas há outras experiências esperando por você que pretende ir até à Expoingá durante os onze dias de programação. No Pavilhão Branco, o Museu da UEM trará muito mais atrações.
Uma novidade é a “Visão do Raio-X”. A ideia veio das Ciências Agrárias com o objetivo de oferecer uma outra perspectiva de se ver os animais. Junto com o Mudi, foi montada uma representação de cavalos puxando uma carroça para as pessoas poderem subir e tirar fotos. Esse conjunto de peças vai ganhar esqueletos dos animais ao lado para que as pessoas possam conhecê-los, vê-los de outra forma, comparando as duas estruturas. “Uma mistura de biologia com agrárias”, comenta o professor Marcílio.
Outra experiência projetada para o Parque de Exposição é a de contar a história dos 40 anos da trajetória do Hospital Universitário (HUM). Além disso, o Núcleo de Pesquisa em Limnologia, Ictiologia e Aquicultura (Nupélia) também irá trazer um pouco sobre suas quatro décadas de atuação.
Ainda no mundo das exposições, o Mudi e o Museu da Bacia do Paraná vão falar do passado e do presente da cidade de Maringá. “Isso irá incluir os animais que existiam e existem nas florestas derrubadas e queimadas, e para que direção tudo isso nos levou ao longo do tempo”, explicou o coordenador do Mudi, Celso Conegero.
O professor Marcílio Hubner com a mão na massa preparando as atrações do Mudi na Expoingá
O professor ainda lembrou que, no Pavilhão Branco, o Mudi também estará apresentando parte de seu acervo, com exposições de ambientes da mata atlântica e outros biomas do Paraná e exemplares de animais taxidermizados. Os visitantes ainda poderão conhecer o Projeto Tabagismo, experimentos de Física e Matemática e o giroscópio.
De acordo com o professor Marcílio, a exposição do Mudi na Expoingá é uma grande vantagem. “A Feira atrai um público muito grande. São pessoas que, em sua maioria, não têm o costume de frequentar museus. Então, a presença do Mudi nesse espaço abre essa oportunidade de conhecimento e de transformação”.
Voluntariado: Segundo a coordenadora de projetos do Mudi, Débora de Mello Sant’Ana, “a participação do Museu na Expoingá se deve a muitos voluntários e bolsistas. Parte destes últimos recebe apoio da Fundação Araucária, que financia a ação de monitores durante todo o ano. Durante os eventos externos, eles não descansam para levar ciência e diversão para a comunidade”.
Segundo o reitor da UEM, Leandro Vanalli, a participação da UEM na Expoingá, por meio dos museus, do Hospital e do Nupélia, por exemplo, mostra a relevância da universidade pública na vida cotidiana das pessoas. Ele explica que eventos como este servem para que a instituição mostre à sociedade o que ela produz em conhecimento como retorno aos impostos pagos pelos cidadãos. Além disso, diz Vanalli, “a presença destas atividades na feira é fruto do trabalho de professores e agentes universitários, com a participação imprescindível dos estudantes, e a parceria da Secretaria de Ensino, Ciência e Tecnologia (Seti) e da Sociedade Rural de Maringá”.
Para saber sobre o que esse pessoal está realizando no Parque de Exposições durante a Expoingá 2023, siga o Instagram do Mudi e acesse nosso site. Ali tem a cobertura completa sobre todos os passos da nossa equipe no evento.
Texto produzido em colaboração com as estagiárias do Mudi, Bruna Mendonça e Milena Ito, alunas do curso de Comunicação e Multimeios da UEM