Mestrados e doutorados da UEM têm o melhor resultado da história na avaliação da Capes

Com seis programas de pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) mantendo ou alcançando a nota 6, que indica consolidação e um padrão internacional de qualidade, além de outros vários que subiram de patamar na nota avaliativa, a Universidade Estadual de Maringá (UEM) ratifica sua condição de excelência na pesquisa após resultados preliminares da avaliação quadrienal feita pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

O resultado divulgado revela o melhor desempenho da história da UEM nos conceitos emitidos pela agência, órgão do Ministério da Educação (MEC). No geral, 19 dos 56 programas de pós-graduação subiram de nota, um índice de 34%. Avaliação esta que mostrou também que, pela primeira vez, a universidade registra um programa de pós-graduação, o de Ecologia em Ambientes Aquáticos Continentais (PEA), com nota máxima 7. Veja abaixo o quadro comparativo das duas últimas avaliações da Capes.

A classificação desenvolvida pela Capes pode ser dividida em dois processos distintos que se referem à entrada e permanência dos cursos de mestrados e doutorados no Sistema de Avaliação da Pós-Graduação (SNPG).

Ambos os processos são conduzidos com base nos mesmos fundamentos, qual seja o reconhecimento e confiabilidade fundamentada na qualidade assegurada pela análise dos pares; os critérios debatidos e atualizados pela comunidade acadêmico-científica a cada período avaliativo; e a transparência firmada na ampla divulgação das decisões, ações e resultados. Os resultados da avaliação periódica são expressos em notas, numa escala de 1 a 7.

O reitor Julio César Damasceno destacou que desempenho demonstrada nesta avaliação da Capes reflete o esforço que toda a comunidade da pós-graduação da UEM realizou ao longo de muitos anos, prezando pela excelência na condução das suas atividades.

A Assessoria de Comunicação publicou, ontem (13), matéria especial sobre a avaliação do PEA, que obteve nota 7 (clique aqui para ler a reportagem). Agora, a ASC foi ouvir os coordenadores dos programas que obtiveram nota 6.

PFI - Para o coordenador do Programa de Pós-Graduação em Física, Haroldo Valentim, o PFI, que completou 25 anos em agosto deste ano, a nota 6 ratifica todo um trabalho de longo prazo dos docentes do Programa. “É muito especial para todos nós, mas é particularmente gratificante ver a satisfação dos membros fundadores que ainda atuam no Programa”, diz ele. “O PFI foi Nota 5 nas últimas seis avaliações da Capes, ou seja, vinha batendo na trave da nota 6 nas últimas avaliações”.

Segundo Valentim, “essa longa atuação em alto nível científico e na formação de recursos humanos qualificados para o País garantiu ao PFI uma grande inserção regional e nacional, além de uma inserção internacional que cresceu sistematicamente nos últimos anos e que foi agora reconhecida pela Capes”.

PPZ - Para o coordenador do Programa de Pós-Graduação em Zootecnia (PPZ), Ferenc Istvan Bánkuti, a manutenção da nota 6 para o PPZ é resultado da dedicação coletiva de docentes, discentes e técnicos que participam do processo de formação de pessoas e do desenvolvimento de pesquisas de excelência na área de Zootecnia. “O PPZ se orgulha deste resultado e trabalha em busca da melhoria contínua, almejando sempre a excelência de suas atividades”.

PEQ - A coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química, professora Caliane Bastos Borba Costa, lembra que o PEQ da UEM recebeu a nota 6 na avaliação da Capes em 2017, “o que atestou a excelência do Programa com padrão internacional de qualidade e fruto de trabalho coletivo de muitos anos de professores, alunos, técnicos e gestores do PEQ”.

Nesta última avaliação a nota se mante e Caliane entende que isto está lastreado na cooperação internacional, inclusive com cotutelas, na qualidade da pesquisa e na divulgação dos resultados, na forma de publicações em revistas científicas de elevado impacto. “É a comprovação de que o programa continua contribuindo com qualidade para o avanço da área de atuação e para o desenvolvimento social e tecnológico da região e do país, em busca da nota 7”.

PQU - O professor Eduardo Radovanovic, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Química, diz que desde a sua criação, em 1987, o programa já formou mais de 460 mestres e 220 doutores. “Os formandos contribuíram para a geração de tecnologia, conhecimento, inovações, fornecendo profissionais competentes que atuam em universidades, centros de pesquisa, empresas, órgãos governamentais, etc. As dissertações e teses defendidas no PQU geraram patentes, livros e artigos em revistas especializadas, em grande número e com qualidade, o que possibilitou que o programa fosse atingindo níveis de excelência cada vez maiores”, descreve.

Radovanovic reflete que “a internacionalização do PQU também é marcante, com professores realizando pós doutoramento no exterior e colaborações com centros de pesquisa e universidades no exterior. Tudo isso possibilitou que o curso ascendesse para o conceito 6 na última avaliação quadrienal, mantendo a mesma nota na avaliação de 2022”, gerando “muita alegria no corpo docente de pesquisadores, assegurando o ânimo e a perspectiva de que a manutenção da qualidade do trabalho realizado poderá levar ao conceito 7 em avaliações futuras”.

PLE - Para a coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Letras (PLE), professora Érica Fernandes Alves, “a conquista da nota 6 denota todos os esforços e dedicação da equipe do PLE. Segundo ela, “o programa ascendeu devido à excelência na pesquisa realizada conjuntamente por docentes e discentes. A nota 6 para um programa da área de humanas representa a consagração das pesquisas nessa área. Mostramos que fazemos ciência de alta qualidade. Além disso, as várias parcerias com outras universidades do Brasil e do exterior impulsionaram a visibilidade do programa e sua internacionalização”.

Ainda de acordo com Érica, “vale lembrar, também, que a pesquisa desenvolvida no programa está intrinsecamente ligada à licenciatura – área bastante desvalorizada nos últimos anos – repercutindo diretamente na sociedade, por meio da formação de profissionais da educação. Somos o primeiro programa de pós-graduação a conquistar a nota 6 no CCH (Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes), porém, todos os outros programas têm o potencial para atingir tal feito, uma vez que as pesquisas desse centro têm se destacado no cenário nacional”, pontuou a coordenadora.

PGA – Na visão do professor Rafael Nanni, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Agronomia (PGA), a continuidade do conceito 6 é de suma importância para o programa. Segundo ele, a participação no Programa de Excelência Acadêmica (PROEX) tem permitido, principalmente, agilidade na aquisição de materiais de consumo e reparo de equipamentos, o que tem proporcionado o desenvolvimento das pesquisas de forma satisfatória, uma vez que, as demandas diárias são resolvidas com facilidade. Vale destacar que os Programas inseridos no Proex recebem uma dotação orçamentária que pode ser utilizada de acordo com prioridades estabelecidas internamente

“O conceito também estimula os orientadores e orientados, já que, a nota transfere a percepção de que o trabalho em conjunto está sendo bem avaliado. Esperamos continuar com o desempenho alcançado, buscando o conceito 7. Acreditamos que, direta e indiretamente o Programa de Pós Graduação em Agronomia tem garantido, ao sistema de produção agrícola, a aplicação dos resultados obtidos por nossas pesquisas”, pontua Nanni.

Outras informações sobre a avaliação quadrienal da Capes podem ser encontradas neste link.

Comparação entre as duas últimas avaliações CAPES

 Sistema de Pós-Graduação Stricto sensu UEM:

• 56 Programas de Pós-Graduação: 44 na modalidade acadêmico e 12 na modalidade profissional.
• 85 cursos de Pós-Graduação compõem esses 56 Programas: 44 cursos de mestrado acadêmicos, 12 cursos de mestrado profissional e 29 cursos de doutorado.

AVALIAÇÃO QUADRIENAL CAPES 2017-2020: Programas da UEM

(Considerações baseadas nos resultados parciais liberados pela CAPES EM 02-09-2022).

1. Proporção de Programas da UEM que subiram de nota: 19 dos 56 Programas (34%).
2. Programas que subiram de nota 3 para nota 4 (9 Programas): Programa de Pós-Graduação em Bioenergia, Programa de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas, Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Programa de Pós-Graduação em Produção Sustentável e Saúde Animal, Programa de Pós-Graduação em Sustentabilidade, Programa de Pós-Graduação em Agroecologia, Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas.
3. Programas que subiram de nota 4 para nota 5 (7 programas): Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo, Programa de Pós-Graduação em Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Programa de Pós-Graduação em Educação para a Ciência e a Matemática, Programa de Pós-Graduação em História, Programa de Pós-Graduação em Ensino de Física, Programa de Pós- Graduação em Ensino de História.
4. Programas que subiram de nota 5 para nota 6 (2 programas): Programa de Pós-Graduação em Física e Programa de Pós-Graduação em Letras
5. Programa que subiu de nota 6 para nota 7 (1 Programa): Programa de Pós-Graduação em Ecologia de Ambientes Aquáticos e Continentais