Nesta segunda-feira (9), os alunos internacionais da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e o coordenador do Escritório de Cooperação Internacional, o professor Marcio Pascoal Cassandre, foram recebidos pela Sociedade Rural de Maringá (SRM), na 48ª Exposição Feira Agropecuária, Industrial e Comercial de Maringá - Expoingá 2022.
Estiveram presentes 18 alunos de 10 países diferentes, alguns de lugares mais próximos, como o Paraguai, Colômbia e Peru. Outros vêm de mais longe, como República Democrática do Congo e Moçambique.
A Pró-Reitora de Extensão e Cultura, a professora Débora Sant’ Ana, explicou que, por conta do caráter internacional da Expoingá, a organização faz questão de registrar quando pessoas de outros países visitam a Feira.
“Sempre existe o convite para trazermos os nossos estudantes estrangeiros para que sejam recebidos e marquem a presença na Expoingá. A assinatura do livro fica guardada como uma referência e, no ano seguinte, eles colocam no folder os países que visitaram a Feira", detalhou a professora.
Pavilhão Azul
Por conta do aniversário de 75 anos da cidade, o feriado em Maringá foi marcado por muito movimento em todos os espaços ocupados pela UEM. No Pavilhão Azul, local em que está o estande da Universidade, as empresas juniores dos cursos de Direito e de Engenharia Civil, junto com Arquitetura e Urbanismo, Themis Soluções Jurídicas e EMPEC, apresentaram seus projetos e serviços.
Também estava no estande da UEM o Mestrado Profissional em Agroecologia (Profagroec), que levou tipos de solos, insetos e o sistema de florestas para serem mostrados aos visitantes.
O Paraná Mais Orgânico (PMO) e o Centro de Referência de Agricultura Urbana e Periurbana da UEM (CerAUP), ambos coordenados pelo professor Ednaldo Michellon, também estiveram presentes. O estudante da UEM, Caio Eduardo Poças, participante do PMO e CerAUP, contou que é importante a presença dos projetos na Feira para que a Universidade esteja em contato direto com as pessoas. “Quanto mais consumidores conscientizados sobre a produção orgânica e agroecológica, mais agricultores se interessam pelo nosso trabalho, que desempenha um papel importante na produção sustentável", comentou.
Ainda no Pavilhão Azul, o projeto de extensão Dr. Genética, fundado pela professora Eliane Albuquerque, do Departamento de Biotecnologia, Genética e Biologia Celular (DBC), trouxe informações de saúde e genética de forma acessível para a comunidade. O Laboratório de Ensino e Pesquisa em Análises Clínicas (LEPAC), levou microscópios para os visitantes observarem as lâminas com espermatozóides e hemograma. O Instituto de Estudos Japoneses (IEJ), também esteve presente mostrando um pouco da cultura japonesa com os origamis.
Além de muito conhecimento e aprendizado, o Banco de Leite Humano (BLH) do Hospital Regional de Maringá trouxe histórias emocionantes. Anita Heberle, técnica de enfermagem do BLH, recebeu a visita de muitas mulheres que doaram leite ao Banco. “Nós prestamos atendimento tanto para as mães que ganham bebês dentro do hospital, como para toda a comunidade externa e nesse contato com as pessoas aqui, a gente está percebendo a importância do nosso trabalho durante todos esses anos no HUM. Recebemos a visita de muitas doadoras de leite, muitas vieram nos cumprimentar muito felizes, outras se emocionaram quando viram a gente aqui, pois sabem da importância desse trabalho”, conta a técnica de enfermagem.
Expociência
Já no Pavilhão Branco, a Expociência continuou muito movimentada com os giroscópios atraindo pessoas de todas as idades. As exposições com os ambientes da mata atlântica e outros biomas do Paraná continuam encantando todos os participantes, principalmente, as crianças com os animais taxidermizados.
Na Exposaúde, também no Pavilhão Branco, esteve presente o Hospital de Ursinhos, organizado pela Federação Internacional de Associações de Estudantes de Medicina do Brasil (IFMSA Brazil UEM). O objetivo do grupo é propor uma brincadeira com as crianças, em que elas são os médicos e os ursinhos os pacientes, para elas percebam como os hospitais e procedimentos médicos são importantes para a saúde e perderem o receio de ir ao médico.
A superintendente do Hospital Universitário Regional de Maringá (HUM), doutora Elisabete Kobayashi, disse que projetos como o Hospital do Ursinho são fundamentais para aproximar o HUM da população, fora da assistência hospitalar. Além deste projeto, os alunos de Medicina estão na Feira treinado as pessoas na prática de reanimação cardio-respiratória, principalmente, crianças.
“Os pais têm se interessado muito e a garotada também. Vamos ver o resultado, quando uma vida for salva! Precisamos chamar atenção para a atuação destes alunos que estão se esforçando para contribuir com a sociedade. Além dessa tarefa, estamos emocionados com o que está acontecendo na parte em que está em exposição uma UTI. Muita gente passando por lá e se emocionando. Revivendo lembranças e deixando depoimentos emocionantes dos tempos da alta incidência da Covid-19. Temos coletado as histórias de quem usou ou teve familiar que usou o capacete desenvolvido pela nossa equipe, que salvou vidas. Parabéns a todos pelo empenho em mostrar o que fazemos com excelência”, destacou a doutora Elisabete (foto acima).
No espaço do Agromuseu, o Museu da Bacia do Paraná recebeu muitos visitantes interessados na história de Maringá. Ali pertinho, a Trilha Botânica, organizada pelo Departamento de Biologia e pela Liga Acadêmica de Botânica (Labotan), apresentou exemplares de espécies nativas da mata atlântica.
Programação do dia 10 - Nesta terça-feira, o estande da UEM, no Pavilhão Azul, conta com a presença do Programa Multidisciplinar de Estudo, Pesquisa e Defesa da Criança e do Adolescente (PCA).
Não percam!
Texto produzido em colaboração com a bolsista do projeto C², da PEC, Mlilena Ito, aluna do curso de Comunicação e Multimeios da UEM; e a bolsista do Paraná Faz Ciência, a comunicóloga Noth Camarão.