A união de fato fez a força nesta segunda-feira (25) no câmpus sede da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Com a adesão voluntária de vários professores, acadêmicos e servidores técnicos, começou, logo cedo, uma força-tarefa para a limpeza nos diferentes setores atingidos pela tempestade que caiu sobre a cidade e região na madrugada de sábado (23). Só no câmpus foram 93 árvores danificadas.
Não possuindo o número exato de voluntários, o prefeito do câmpus, Carlos Augusto Tamanini, afirma que a adesão foi muito grande. “Fizemos o pedido e a comunidade universitária nos atendeu prontamente. A ajuda está contribuindo fortemente para restabelecer, pouco a pouco, a normalidade no câmpus”, diz ele.
Tamanini diz que o clima agora está bem diferente do cenário devastador encontrado no sábado. A energia elétrica já está restabelecida em todos os setores desde ontem à noite, embora ainda sejam sentidas oscilações. Hoje houve varrição de ruas, limpeza interna e externa dos blocos, recolhimento de galhos e desobstrução de vias. A Zeladoria da UEM priorizou salas e laboratórios didáticos, lembrando que as aulas presenciais foram suspensas nessa segunda-feira (25). Para ajudar no trabalho, a Prefeitura de Maringá doou vassouras, sacos de lixo, lonas e luvas.
Mas ainda há muito por fazer. “Calculamos que leve mais dez dias de trabalho até a retirada total das árvores que caíram sobre os blocos”, afirma o prefeito. No total foram 14 edificações atingidas, com diferentes graus de comprometimento. Feita a retirada, uma empresa terceirizada será contratada para fazer os reparos nos telhados e outras estruturas comprometidas e para a limpeza de calhas e bocas de lobo, segundo adiantou o prefeito. O cálculo sobre o total de prejuízos causados pelas chuvas ainda está sendo processado.
Todo o trabalho realizado possibilita que as aulas presenciais sejam retomadas nesta terça-feira (26), após terem sido paralisadas hoje.
93 árvores - Segundo levantamento da UEM, registrado pelo acadêmico Clayton Cavalcante da Broi Júnior, com orientação da professora Maria Auxiliadora Milaneze, do Departamento de Biologia, 93 árvores foram atingidas em todo o câmpus e destas pelo menos 14 sofreram danos mais graves. O laudo será utilizado pela PCU para solicitação de cortes legais no Instituto Ambiental de Maringá, segundo informou Elenice Tavares, do Comitê Gestor Ambiental da UEM.
Emergência - O vice-reitor da UEM, Ricardo Dias Silva, lembrou que no sábado a administração central da UEM reuniu-se para tomar as decisões necessárias diante dos estragos provocados pelo temporal, definindo prioridades. Há muitos desafios e medidas que ainda devem ser tomadas e há muitos esforços sendo feitos, segundo disse o vice-reitor que expressa um agradecimento especial aos voluntários que fizeram a diferença e a toda a equipe da PCU que desde sábado vem trabalhando incansavelmente.