Galeria de fotos do mutirão
Com ventos de 91,8 km/h e volume de chuva de 18,2 milímetros, o fenômeno ocorrido na madrugada de sábado em Maringá, classificado como uma tempestade, foi a junção de sistemas como a alta umidade, o calor e uma frente fria. Os dados são da Estação Climatológica da Universidade Estadual de Maringá (UEM).
Conforme o professor Leandro Zandonadi, coordenador da Estação, o problema é que o fenômeno chegou mais rápido que o esperado, sem tempo da Defesa Civil fazer o alerta à população. Segundo Zandonadi, docente do Departamento de Geografia, havia uma frente fria passando pelo sul do Brasil que se somou a uma área de baixa pressão atmosférica no sul do continente, aliado à umidade relativa do ar.
O temporal é classificado como tempestade porque a rajada de vento registrada no sábado está dentro dos parâmetros estabelecidos pela Escala Anemométrica Beaufort. Criada pelo meteorologista anglo-irlandês Francis Beaufort no início do século XIX, ela classifica a intensidade dos ventos tendo em conta a sua velocidade e os efeitos resultantes das ventanias no mar e em terra.
A classificação desta escala parte da descrição “calma”, para ventos de menos de 1 km/h por hora. O termo tempestade é quando a velocidade do vento atinge de 89 a 102 km/h. Acima disso, estão as “tempestades violentas” e o “furacão”, quando a rajada atinge mais de 103 km/h.
O temporal devastou o sistema de arborização e rede elétrica em Maringá, causando, apenas no câmpus sede da UEM, a destruição parcial ou total de mais de 90 árvores.