Em visita à Universidade Estadual de Maringá (UEM), na quarta-feira (23), o coordenador de Ciência e Tecnologia da Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), Marcos Aurélio Pelegrina, destacou a importância da recém-lançada 35ª edição do Prêmio Paranaense de Ciência e Tecnologia, em mais uma série de ações promocionais do Conselho Paranaense de Ciência e Tecnologia (CCT/Seti) para fazer uma ampla divulgação do evento.
O vice-reitor da UEM, Ricardo Dias Silva, saudou a presença do coordenador dizendo que este contato aprimora a parceria da universidade com a Seti. Silva também falou sobre o projeto do Parque de Ciência e Inovação, apresentado em 2021, cujo o grande desafio é reunir todas as estruturas de inovação da UEM em um único local físico, tornando-se lugar de referência para interação da universidade com a comunidade externa, especialmente com as empresas. O vice-reitor também aproveitou para comunicar a criação da Agência de Inovação, em discussão no Conselho Universitário.
Pelegrina assegurou que a CCT tem trabalhado para destravar a questão da inovação nas universidades, criando, inclusive, um movimento neste sentido, que resultou em gerar uma série de medidas que compõem o Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação. De acordo com o coordenador, “o sistema de inovação de Maringá é robusto e orgânico, que nasceu dentro da UEM”.
Para ele, o Parque é fundamental para ampliar a conexão que já existia. Pelegrina ainda afirmou estar feliz em ver a universidade trabalhando para transformar o Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) em agência.
Novidade
Ao falar sobre a nova edição do Prêmio Paranaense de Ciência e Tecnologia, o coordenador disse que planeja regionalizar o evento no próximo ano caso esteja à frente da pasta. O objetivo, segundo o coordenador, é valorizar mais o pesquisador que, embora não seja tão conhecido, têm muita importância para a região onde atua.
Ele anunciou duas novidades para a edição 2022 do Programa de Apoio à Propriedade Intelectual com Foco no Mercado (Prime). O Prime tem o objetivo de contribuir com o desenvolvimento econômico e social do Paraná, a partir da transferência dos resultados das pesquisas acadêmicas para o mercado. Uma novidade será a abertura para a participação de pesquisadores que não têm a propriedade intelectual e a outra prevê, numa das fases, a participação exclusiva das mulheres.
Representantes das pró-reitorias de Pesquisa e Pós-Graduação (PPG) e de Extensão e Cultura (PEC), além de representantes do NIT e da Incubadora Tecnológica de Maringá também acompanharam a reunião com Pelegrina.
Premiação
Ao todo, o Prêmio vai conceder uma premiação superior a R$ 254 mil nas áreas da Ciências Exatas e da Terra e da Ciências da Saúde. Serão contempladas as categorias de pesquisador e pesquisador-extensionista, estudante de curso de graduação, inventor independente, e jornalista científico.
Distinção reconhecida e consolidada em nível estadual e até nacional, o Prêmio visa reconhecer e estimular a produção científica, tecnológica e de extensão paranaense, valorizando os profissionais e os jovens talentos que, por meio de suas atividades, contribuíram para o progresso do Paraná.
A cada edição, a premiação contempla duas áreas do conhecimento, em sistema de rodízio, de maneira a incluir, por vez, as Engenharias e Ciências Biológicas; Ciências Exatas e da Terra e Ciências da Saúde; e Ciências Humanas Sociais e Ciências Agrárias.
Podem concorrer pesquisadores/cientistas de institutos de pesquisa, de departamentos de instituições de ensino superior, de entidades de classe, de empresas públicas e privadas, e de outras entidades congêneres, além de pesquisadores de renome.
As orientações sobre como fazer a inscrição estão no edital. O site também traz as informações adicionais.
Em dinheiro
Além de certificado, os vencedores recebem valor em dinheiro, com base no vencimento do professor titular em regime de dedicação exclusiva das Instituições Estaduais de Ensino Superior (IEES).
Iniciadas em 7 de março, as inscrições serão encerradas em 30 de junho.
Os candidatos serão julgados por uma comissão composta por, no mínimo, cinco profissionais de cada uma das áreas definidas, provenientes de instituições de estados brasileiros, exceto do Estado do Paraná, escolhidos e convidados pela Coordenadoria de Ciência e Tecnologia da Seti, os quais terão seus nomes divulgados por ocasião da concessão do Prêmio.
A cerimônia oficial de premiação ocorrerá até 30 de novembro deste ano, em data a ser divulgada, previamente, pelo site da Seti. Os vencedores serão comunicados com antecedência.
O prêmio conta ainda com uma categoria para inventores independentes, que contempla autores de projetos inovadores desenvolvidos em Agências de Inovação e Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs) das instituições paranaenses de ensino e pesquisa. Entre esses potenciais candidatos estão os empreendedores assistidos pelas incubadoras da UTFPR.
História
A ideia de criar o prêmio partiu do então presidente do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), Francisco de Assis Lemos de Souza, que encaminhou a sugestão ao Conselho Estadual de Ciência e Tecnologia (Concite), em 1985.
O órgão formou uma comissão para examinar o pleito, e, com o apoio da comunidade científica paranaense, a condecoração foi instituída pelo governador José Richa por meio do Decreto 7.745 de 1986.
Ao longo do período de vigência do Prêmio, algumas alterações foram necessárias, mas os seus objetivos continuam os mesmos. Com a inclusão das categorias Inventor Independente e Jornalismo Científico, em 2008 e 2009, respectivamente, a premiação busca ainda incentivar e dar visibilidade à inovação individual e à divulgação de temas científicos relevantes para a sociedade.
Em caso de dúvidas a pessoa interessada pode entrar em contato por meio do telefone (41) 3281-7339 ou e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..