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Jucelio Aparecido Silva e Dilson Jojãnh Cândido, indígenas das etnias Guarani e Kaingang, respectivamente, são os mais novos pedagogos formados pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). Eles receberam o certificado de conclusão de curso em cerimônia de colação de grau antecipada realizada na tarde desta terça-feira (15), no auditório Dacese. Os dois cursaram Pedagogia EAD, Silva pelo polo de Jacarezinho, e Cândido no polo de Assaí.
A UEM chega então ao total de 40 graduados, destacando-se como a instituição com o maior número de indígenas formados no Paraná, segundo informa Maria Christine Berdusco Menezes, coordenadora local da Comissão Universidade para os Índios (Cuia-UEM).
Ela comenta que a política de inclusão instituída em lei pelo governo do estado, que estabelece sobre a reserva de vagas suplementares para indígenas no Sistema de Ensino Superior Público Paranaense, tem propiciado qualificação profissional e avanço no acesso a emprego e renda. “Os egressos da UEM têm ocupado postos de trabalho em escolas, unidades de saúde e diversos setores econômicos”, reforça a coordenadora, lembrando que neste ano de 2022 a UEM conta com 53 alunos indígenas matriculados.
Colação especial
Além da colação antecipada para formandos do ano letivo de 2021, receberam certificados, em colação especial, acadêmicos que concluíram seus cursos em 2019 e 2020 e não puderam participar das cerimônias conjuntas com os colegas de turma.
A cerimônia foi presidida pelo reitor Julio César Damasceno que outorgou grau a 29 novos profissionais de 15 cursos diferentes: Agronomia Maringá; Agronomia Umuarama; Arquitetura e Urbanismo; Ciências Sociais; Comunicação e Multimeios; Engenharias Civil, Elétrica, Mecânica e Química; Estatística; Farmácia; Matemática; Medicina; Pedagogia EAD; Zootecnia. Eles passam a compor o rol de 77.766 formados pela Universidade Estadual de Maringá.
Pronunciamentos
O vice-reitor da UEM, Ricardo Dias Silva, falou que a universidade está cada vez mais inclusiva, citando os sistemas de cotas que beneficia não só os indígenas, mas os alunos de baixa renda, negros e a recente criação de vagas suplementares para pessoas com deficiência.
O reitor parabenizou os formandos destacando que a colação de grau é um momento de alegria para toda a comunidade universitária à medida que reforça o sentimento de missão cumprida. Falando diretamente aos neograduados, disse que a UEM se engrandece a partir dos seus egressos.
Mesa de Honra
Na mesa principal do evento estiveram, além do reitor e do o vice-reitor, o cacique Everton Lourenço, da Terra Indígena Laranjinha; a liderança indígena Wagner Almeida, presidente do Conselho Estadual Indígena do Paraná; a diretora do Centro de Ciências Agrárias, Adriana Aparecida Pinto; a diretora do Centro de Ciências Exatas, Lilian Akemi Kato; o diretor do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Geovanio Ederval Rossato; o diretor do Centro de Ciências da Saúde, Miguel Machinski Júnior; a diretora do Centro de Ciências Sociais Aplicadas, Gisele Mendes de Carvalho; e o diretor do Centro de Tecnologia, Romel Dias Vanderlei.
A cerimônia foi realizada presencialmente com medidas de prevenção e controle do coronavírus e com a exigência da apresentação do comprovante do ciclo vacinal completo contra a Covid-19.