Recentemente, Robério Rodrigues Silva, professor da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) e egresso (2008) do doutorado em Zootecnia da Universidade Estadual de Maringá (UEM), foi eleito presidente do Fórum de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação (Foprop). O mandato será de 2022 a 2023; atualmente, é vice-presidente da instituição, que representa 261 instituições de ensino superior no Brasil.
“É uma honra ter a confiança dos demais pares e também é uma responsabilidade muito grande”, agradece. O Foprop tem assento nos conselhos superiores das três principais agências de fomento do país – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) – “e o presidente participa também do Conselho Técnico Científico da Capes, responsável pela chancela da avaliação e criação de cursos e programas de pós-graduação”, explica.
Lembranças – Silva ainda mantém contato com os colegas de UEM, inclusive realizando projetos em conjunto. “A Pós-Graduação da UEM é de excelência, sempre formando com qualidade e produzindo conhecimento científico. Tenho recordações muito boas, a universidade me permitiu ter um desenvolvimento profissional muito grande”. Ele também aproveita para enaltecer que a UEM é uma das melhores universidades do Brasil e reconhecer os trabalhos feitos pelo reitor, Julio César Damasceno – que, assim como ele, é zootecnista – e pelos pró-reitores de Pesquisa e Pós-Graduação, Clóves Cabreira Jobim (anterior) e Luiz Fernando Cótica (atual).
Desafios no Foprop
“Estamos terminando uma gestão no Foprop junto com o professor Carlos Henrique de Carvalho [atual presidente] em que, apesar dos tempos difíceis, mitigamos muitas perdas”, pondera o presidente eleito. “Temos atualmente uma avaliação quadrienal paralisada, estamos sem definição do Qualis/Capes, e não temos um Plano Nacional de Pós-Graduação vigente. Temos um problema grave com o desvirtuamento do uso dos recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, tanto no ano vigente quanto no Projeto de Lei Orçamentária Anual de 2022, e a necessidade urgente de dialogar com o Congresso Nacional visando a recomposição do orçamento público para Educação, Ciência e Tecnologia”.
Algumas das ações estratégicas propostas para a gestão de 2022-2023 do Foprop são: fortalecer a participação do Fórum nos espaços institucionais de representação já existentes; defender as políticas públicas e lutar pela ampliação do orçamento público para o fomento à Ciência, Educação, Tecnologia e Inovação no país, visando a consolidação da pesquisa e da pós-graduação brasileira; intensificar a atuação do Foprop junto às frentes parlamentares; promover articulação com órgãos.